“Todo mundo na nossa sala está usando bastante álcool gel, mas ele é muito caro. Foi então que descobrimos, vendo um vídeo no YouTube, que podíamos produzir e gastar menos”

, conta Maria Clara Barros, idealizadora da iniciativa.

Sabendo da ação preventiva desse produto contra o vírus H1N1, Maria Clara, Maria Simone, Layla Dantas, Letícia Maria e Stella Maris começaram a produzi-lo no próprio laboratório de ciências do Colégio.

Segundo as estudantes, inicialmente, a proposta é ofertar o álcool em gel à comunidade escolar a um custo bem abaixo do mercado, sem pretensões de lucro, apenas para arcar com as despesas da produção. Posteriormente, caso se tenha algum lucro, as estudantes pretendem usar a renda para fabricar mais álcool em gel, desta vez para doar aos idosos que vivem em abrigos.

Layla Dantas, detalha os benefícios do produto. “O nosso álcool em gel é um produto caseiro, não contém a mesma quantidade de produtos químicos como os industrializados, tem propriedades repelentes, além de possuir baixo custo”, explica. Para que a substância, também, aja como repelente, as estudantes acresceram à fórmula, essência de lavanda, que repele os insetos, naturalmente.

Para produzir 1 litro do álcool em gel caseiro, as alunas gastaram 6 reais com a compra dos ingredientes. Dividindo essa quantidade de álcool produzida em embalagens de 35 ml, que já estão sendo usadas para o envasamento, obtêm-se um total de cerca de 30 potes. Cada um deles, custará apenas R$ 1,10, valor abaixo do que é pago pela mesma quantidade em farmácias ou supermercados.

Além do preço atrativo, da preocupação com a saúde coletiva da comunidade escolar e dos idosos em abrigos, o produto pensado pelas estudantes também carrega a comprovação de qualidade. Quanto à sua eficácia no combate ao vírus da Influenza H1N1, o professor Calebe Fontenelle atesta que “o álcool etílico, principal base do produto desenvolvido pelas estudantes, é extremamente potente contra os vírus”, assegura.

O álcool em gel caseiro já está sendo produzido e envasado pelas estudantes. Segundo elas, a pretensão é que a partir desta semana, a comunidade escolar já possa adquirir o produto.

*Projeto desenvolvido para a Mostra Científica de Química do Colégio Paraíso. Orientação: Andréia Honorato.